Em duas semanas casos de monkeypox mais que triplicam no Ceará
Ceará soma 47 casos
confirmados de Monkeypox. Ao todo 527 notificações de casos suspeitos foram
realizadas. Mas 221 já foram descartadas após resultado laboratorial dar
negativo para o vírus. Outros 228 ainda estão em investigação. Dados
atualizados foram divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) nesta
sexta-feira, 26.
Todos os casos são de pacientes
do sexo masculino. A idade média é de 32 anos, concentrados
principalmente na faixa etária de 20 a 39 anos. O intervalo de idade é entre 15
a 44 anos.
A maior parcela dos
pacientes (38) é de Fortaleza, perfazendo 80,9% do total. Os
outros municípios com casos são Maracanaú (2), Barbalha (1), Caucaia (1),
Jijoca de Jericoacoara (1), de Pacajus (1), Russas (1) e Sobral (1). Um
caso é de paciente do estado do Piaui.
Os sinais e sintomas mais
frequentes, segundo o balanço da Sesa, foram erupção cutânea, relatado em 76,6%
dos casos. Febre (55,3%) e adenomegalia (inchaço nos linfonodos, também chamada
de íngua) em (40,4%).
Do total de casos, 29
(61,7%) se declararam homossexuais e 16 (34,0%) declararam fazer sexo
com homens. No entanto, é importante ponderar que a variável comportamento
sexual apresenta baixo preenchimento. Dos 47 pacientes, 28 (59,6%) não
informaram essas questões.
Em relação aos casos em
investigação, diferentemente dos confirmados, quase metade são mulheres.
São 123 (53,9%) do sexo masculino e 105 (46,1%) do sexo feminino, com
idade média de 28 anos, conforme o boletim. O intervalo de idade é entre
seis meses a 81 anos.
Dos casos em
investigação, 20 (4,0%) são classificados como prováveis e 208 (41,9%)
como suspeitos. Um paciente tem um caso provável de Monkeypox quando ainda
não há resultado do exame de laboratório ou quando tem resultado inconclusivo e
a Monkeypox não pode ser descartada pela confirmação de outra doença. Além
disso é preciso se enquadrar em uma ou mais das seguintes situações:
a) Exposição próxima e
prolongada sem proteção respiratória ou contato físico direto, incluindo
contato sexual, com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas nos 21 dias
anteriores ao início dos
sinais e sintomas;
b) Exposição próxima e
prolongada sem proteção respiratória ou história de contato íntimo,
incluindo sexual, com caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 21 dias
anteriores ao início
dos sinais e sintomas;
c) Contato com materiais
contaminados, como roupas de cama e banho ou utensílios de uso
comum, pertencentes a um caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 21 dias
anteriores ao
início dos sinais e sintomas;
d) Trabalhadores de saúde
sem uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI)**
com história de contato com caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 21
dias anteriores ao
início dos sinais e sintomas.
O
que sabemos sobre a doença
Como
é transmitida?
- Principalmente por meio
do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e
prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias;
- Fluidos corporais (tais
como pus, sangue das lesões), contato com alguma lesão ou contato indireto com
o material da lesão;
- Úlceras, lesões ou
feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode
ser transmitido por meio da saliva;
- Também pode ocorrer
no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas
de cama, talheres e pratos, que foram contaminados com o vírus por uma
pessoa doente.
Como
se prevenir?
- Evitando contato com
pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado;
- Lavar regularmente
as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel, principalmente após o
contato com a pessoa infectada.
Quais
os principais sintomas?
- A doença tem período de
incubação pode variar de 5 a 21 dias;
- O estágio febril da
doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos
gânglios linfáticos (ínguas), dor nas costas, dor muscular e falta de energia,
calafrio, fraqueza);
- O estágio de erupção
cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com
base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).
Qual
a gravidade da varíola dos macacos?
- Além de transmissão
menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à
varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de
mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da
varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.
- Em geral, os pacientes
tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos
mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm
doenças que diminuem a imunidade.
Existem
vacinas disponíveis que protegem contra a doença?
- As vacinas contra
varíola comum (humana) podem conferir alguma proteção contra a varíola dos
macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser
aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola
humana ainda podem ter alguma proteção;
- Alguns países da Europa
e da América do Norte já começaram a vacinar alguns grupos populacionais. O
Ministério da Saúde informou que está contato com entidades ligadas à
Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.
(O Povo- Online)
(Foto: Divulgação)
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