Empresas de fachada no Ceará são investigadas pela Receita Federal, Polícia
Federal e o Ministério Público Federal. As atividades identificadas são
de sonegação fiscal, fraude em licitação e lavagem de dinheiro em
Fortaleza, Eusébio e Juazeiro do Norte, envolvendo empresas de fachada no ramo
da energia elétrica a partir da luz solar. Em sua terceira fase, a Operação
Skotos cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 30.
Além de municípios no
Ceará, ações ocorrem em: Campinas (SP), Indaiatuba (SP), Sumaré (SP), Valinhos
(SP), Bragança Paulista (SP), Vargem (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Itatiba
(SP), São Paulo (SP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Palmas (TO) e Araguaína
(TO) e em Brasília (DF). Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e
apreensão em residências, empresas e escritórios dos investigados.
Operação Skotos
A primeira fase da Operação
foi deflagrada em maio de 2021. Na época, foi constatado que um grupo econômico
da região de Campinas/SP teria utilizado empresas de fachada e pessoas físicas
falsas para movimentar recursos decorrentes de crimes financeiros e sonegação
fiscal. A ação desta terça-feira está situada na terceira fase da
Skotos.
Com a análise do material
apreendido nas buscas e o aprofundamento das investigações, foi verificado que
os envolvidos teriam passado a atuar no ramo da exploração de energia
fotovoltaica (energia elétrica produzida a partir de luz solar), participando,
por meio de empresa de fachada, de processos licitatórios para a concessão de
parques para a instalação de usinas de energia solar.
Os direitos adquiridos em
decorrência dos leilões vencidos foram posteriormente comercializados, gerando
cerca de R$ 150 milhões. Grande parte do dinheiro arrecadado foi direcionada a
empresas de fachada, que teriam adquirido cerca de R$ 47 milhões em bens de
luxo.
Estima-se,
de acordo com a Polícia, que tenham sido sonegados R$ 30 milhões em tributos
federais nessas operações. Foram iniciados novos procedimentos
fiscais na deflagração da operação. Skotos, em grego, significa escuridão. O
nome da operação é uma alusão à interrupção, pelos órgãos de controle, da prática
de fraudes no setor de energia.
(O Povo- Online)
(Foto: Reprodução/Polícia Federal)
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