Saiba como prevenir acidentes no trânsito com crianças
"Cuidado, crianças a bordo".
A frase estampa adesivos colados na traseira de veículos e alerta para uma
condução mais cautelosa de motoristas. Quando o assunto é a segurança dos
pequenos nas ruas e avenidas, o cuidado deve ser compartilhado com todos.
Mas a direção defensiva não é a única
maneira de evitar que crianças se lesionem no trânsito. Sendo o público mais
vulnerável em caso de sinistros, a segurança delas depende também da utilização
de dispositivos
de retenção. O não uso de equipamentos como o bebê conforto, a cadeirinha e
o assento de elevação, é um dos principais fatores de acidentes.
"Como é um usuário mais
frágil, em qualquer frenagem mais brusca, até mesmo em acidentes mais leves,
elas são projetadas do veículo”, explica André Luís Barcelos, gerente de
Educação para o Trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de
Fortaleza (AMC). “Se não estiver com o equipamento apropriado, pode se lesionar
de forma séria", alerta.
A resolução Nº 819, estabelecida pelo
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em 2021, regula que, até um ano de
idade, a criança precisa ser colocada no bebê conforto, posicionada contrária à
frente do veículo. "Justamente por essa questão do controle da coluna
cervical", explica André Barcelos. "Para que o caso de uma frenagem
brusca ou mesmo uma colisão, ela não tenha o que a gente chama de efeito chicote
da região da cabeça e do pescoço".
De 1 a 4 anos, a criança deve ser
transportada na cadeirinha. "Essa estrutura tem um cinto especial que
protege a criança de qualquer sinistro. Pode ser colocado nas laterais, mas a
recomendação é sempre colocar no meio do assento traseiro".
Já aquelas de 4 a 7 anos devem ser
levadas no assento de elevação. Mesmo tendo mais de 7 anos, se a criança tiver
menos que 1.45m deve usar este dispositivo de segurança. Acima disso, pode usar
o banco do veículo.
Outro alerta é sobre o transporte de
crianças menores de 10 anos em motocicletas, motonetas e ciclomotores. É
proibido e considerado infração gravíssima. “É uma situação de risco, que pode
trazer para esse pequeno usuário uma lesão muito grave”, observa André
Barcelos.
Atenção,
motoristas!
Fora dos veículos, as crianças
continuam sendo um grupo muito vulnerável de pessoas, que podem se envolver em
acidentes no trânsito. Entre os fatores que aumentam as chances disso acontecer
está o fato de elas não serem vistas pelos condutores.
“Por ter uma estatura menor, o corpo
mais frágil, ela exige também uma atenção especial. Ela não consegue ver os
carros e os motoristas têm dificuldade em percebê-la. É sempre bom ter esse
cuidado quando estiver transitando, se houver crianças próximas tem que reduzir
a velocidade obrigatória”, orienta o gerente.
Em se tratando de crianças menores de
7 anos, os cuidados devem ser dobrados, não apenas quanto ao trânsito de
veículos automotores, como de bicicletas. “As crianças muito pequenas exigem um
nível de atenção muito maior, porque elas não têm uma boa percepção da
velocidade e da distância. Muitas vezes, elas podem estar brincando e não
conseguem ter a percepção do quão rápido o veículo está ou do quão próximo”,
ilustra.
A redução de velocidade nas ruas
próximas a escolas e de locais de intensa movimentação de pessoas, em especial,
crianças, deve ser adotada pelos motoristas. “Quando a velocidade é menor, você
começa a perceber com mais clareza o que está nas laterais. Você consegue
perceber com antecedência o movimento”, argumenta o gerente.
Projeto
Criança no Trânsito
No mês de setembro, o Sistema Verdes
Mares publicou uma série de conteúdos educativos sobre o trânsito. O Projeto
Criança no Trânsito trouxe conteúdos patrocinados, chamadas nas TV's, spots,
merchans e testemunhais nas rádios, abordando temas relevantes sobre a
segurança de pessoas menores de 12 anos.
(Diário do
Nordeste)
(Foto: Shutterstock)
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