O sertanejo tem muito a comemorar. O
ano de 2022, mesmo ainda restando dois meses para o fim, já entrou para
a história recente como um dos mais chuvosos no Ceará. Esse bom
desempenho deve-se a regularidade das chuvas.
Em 10 meses, apenas duas vezes
(fevereiro e setembro) as chuvas não fecharam acima da média. E este índice
positivo pode aumentar.
Conforme o meteorologista do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), Flaviano Fernandes,
antecipou em primeira mão ao Diário do Nordeste, a previsão para os
próximos meses é de precipitações acima da média.
"A atuação da La Niña é positiva.
A tendência é de que tenhamos volumes acima da média em
novembro, dezembro e janeiro", detalhou o especialista.
A La Niña é o
esfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Quando ela
está atuando, aumentam as chances de ocorrência de chuvas em uma porção do
Brasil, que contempla o Ceará.
Caso essa previsão se confirme, o ano
fechará com apenas dois meses abaixo da média e um (abril) em torno da normal
climatológica, isso porque o mês de outubro, ainda que restem 3 dias para o
fim, já conseguiu superar a média histórica.
Neste milênio (2000-2022) em
nenhuma vez um ano fechou com precipitações acima da média em nove meses,
o que pode acontecer em 2022. A expectativa, agora, diz respeito ao acumulado
total das chuvas. Até o momento, o Ceará acumula 913.6 milímetros, índice
14% superior a média histórica anual (800.6 mm).
Nas últimas duas décadas, o maior
volume acumulado foi registrado em 2009, com impressionantes 1.218,4
milímetros, o que representa quase 53% acima da normal climatológica.
Reservatórios
Os bons volumes acumulados em 2022
contribuíram para elevar o nível dos açudes cearenses, com destaque para Orós
e Castanhão. Os dois maiores reservatórios do Estado
mais que dobraram de volume entre o início do ano e o fim da quadra chuvosa.
Atualmente, o Castanhão está com cerca
de 22% - começou o ano com apenas 8% - e o Orós acumula o total de 46%, frente
aos 22% registrados no início do ano.
No geral, os 157 açudes monitorados
pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é
de 33,7%. Em janeiro, este volume era de apenas 20%.
(Diário do
Nordeste)
(Foto: Arquivo/Diário
do Nordeste)
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