Jaguaribe fica por 4 dias consecutivos entre as 10 mais quentes do País em outubro
O padrão histórico que versa sobre as altas
temperaturas em outubro tem se confirmado na prática neste ano. Em 4
dos 5 dias deste mês, uma cidade cearense aparece entre as 10 mais quentes
de todo o País, que conta com 5.570 municípios. Jaguaribe
vem liderando de forma consecutiva as máximas registradas no Ceará e,
quando comparado aos índices nacionais, ela também se destaca.
Apenas no dia 1º de outubro o
Município não figurou entre os mais quentes do Brasil – os dados de hoje (6) só
serão computados amanhã pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A
máxima registrada por Jaguaribe neste mês foi de 39,2º Celsius em 2 de
outubro, sendo a mais alta do Ceará e a 8ª maior do País.
A sensação térmica
ultrapassou a marca dos 40 graus. Nestas situações, há risco de desmaios, queda
de pressão, desidratação, dentre outros problemas à saúde.
No dia seguinte, dia 3, o município
cearense ficou registrou a terceira maior máxima do Brasil, ficando atrás
apenas de Oeiras (40ºC) e Bom Jesus do Piauí (39,5ºC), ambas no estado
piauiense. Naquela data, a temperatura registrada pelo Inmet foi de 39,1º C,
cuja sensação térmica também superou a marca dos 40 graus.
Médias das temperaturas
máximas mensais para os meses finais do ano:
- Outubro:
31.26°C
- Novembro:
31.07°C
- Dezembro:
30.67°C
Já no dia 4, Jaguaribe registrou
38,7ºC e, no dia 5 de outubro, 38,5ºC, ficando em ambos os dias na nona posição
das cidades mais quentes do País neste mês. Em 2022, a maior máxima registrada
no Brasil neste início de outubro foi em Bom Jesus do Piauí, cidade natal do
youtuber Whindersson Nunes.
Fotografia
de outubro
As altas temperaturas têm se elevado
ainda mais diante da ausência de chuvas. Nos 6 primeiros dias deste mês, a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
não registrou pluviometria em nenhuma das 184 cidades do Estado. Essa completa
escassez inicial de chuvas em outubro não era registrada desde 2017.
O meteorologista do Inmet, Flaviano
Fernandes, explica que diante da ausência de nuvens de chuvas há uma maior
tendência da ocorrência de altas temperaturas, pois ela pois ela afeta o fluxo
tanto da radiação solar como da radiação terrestre. “Sem essa ‘cobertura’ no
céu, a radiação solar acaba passando livremente, o que faz com
que os termômetros registrem altos índices”, pontuou.
Durante
o dia as nuvens bloqueiam a radiação solar, reduzindo o aquecimento da terra e
à noite as nuvens retardam a perda de radiação pela superfície. Portanto a
nebulosidade atua como um redutor da amplitude da variação.
Flaviano Fernandes
Meteorologista do
Inmet
Riscos
à saúde
As temperaturas elevadas representam
uma série
de riscos à saúde. Em entrevista do Diário do Nordeste, a médica
dermatologista Hercilia Queiroz, citou o "aumento das chances de
desenvolver câncer de pele no futuro, risco de desidratação e
ressecamento, além de maior possibilidade de queimaduras na pele".
A especialista alertou ainda que dois
grupos etários estão mais suscetíveis aos riscos das altas temperaturas:
crianças e idosos. No entanto, ela advertiu que a "população adulta não é
menos importante para manter os cuidados com a pele, principalmente aqueles que
já apresentaram um ou mais tumores de pele diagnostico. Esses
pacientes têm em até dois anos o risco de desenvolver outro câncer de
pele".
Em dias quentes, é recomendado o
uso de protetor solar o aumento da ingestão hídrica e, sempre que possível,
evitar a exposição ao sol entre 9h e 15 horas. Utilizar camisas
UV, óculos, sombreiros e chapéus também são aconselháveis para redução
dos danos.
(Diário do
Nordeste)
(Foto: Honório
Barbosa)
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