Jovem de 20 anos é internada após colocar implante de 'chip da beleza' com ocitocina
Uma jovem de 20
anos foi internada em estado grave após colocar o implante
"chip da beleza" com ocitocina. O caso aconteceu em São
Paulo e foi exposto nas redes sociais.
O ginecologia Marcelo Luis Steiner trouxe à tona o ocorrido na
terça-feira (12). "Falei com o médico que atendeu uma jovem num grande
hospital de São Paulo. (...) Trata-se de uma mulher saudável, sem uso de
qualquer medicação, que colocou um implante contendo gestrinona, testosterona,
ciproterona e ocitocina", iniciou.
Segundo ele, a mulher deu entrada no hospital menos de 24 horas após o
implante com "quadro de rebaixamento de consciência e convulsões,
edema cerebral e diminuição dos níveis sanguíneos de sódio".
O QUE É A OCITOCINA?
A ocitocina é um hormônio produzido no cérebro com potencial de
gerar sensações conhecidas como amor e prazer. É comum que ela seja
usada durante o parto para facilitar a saída do bebê.
Em 2017, o Ministério da Saúde publicou uma série de diretrizes com o objetivo
de reduzir procedimentos considerados desnecessários e melhorar a qualidade do
atendimento durante o parto. As novas regras incluem reduzir o uso
da ocitocina.
Ao g1, Steiner informou que durante o trabalho de parto são
usadas cerca de 5 unidades do hormônio em gestantes. Ele
também pode ser utilizado no pós parto, sendo cerca de 15 a 20 unidades por
seis horas.
No caso da jovem de 20 anos, o implante possuía mais de mil unidades.
O médico acredita que ela sofreu uma intoxicação hídrica devido
ao uso excessivo de ocitocina.
Segundo ele, o hormônio levou a uma diminuição do sódio e resultou num
desequilíbrio hidroeletrolítico. "Foi tentado sem sucesso a retirada do
implante. Ela está estável, mas sem prognóstico definido. Vamos
torcer para que a recuperação seja plena e rápida!", declarou no
Instagram.
MÉDICO ALERTA SOBRE "CHIP DA BELEZA"
Ainda na publicação, Steiner alertou para os perigos dos implantes
chamados de "chip da beleza". "Gostaria que este caso servisse
para mostrar que os implantes não são isentos de complicações. Na verdade, até
o momento, a quantidade de informação científica sobre sua segurança é escassa",
ressaltou.
Ele afirma que falta padronização de doses e há desconhecimento das
consequências do uso contínuo no longo prazo. "Realmente entendo a decisão
de muitas mulheres em optar pelo seu uso frente a uma série de argumentos
frequentemente vistos nas mídias, mas reforço a mensagem de se informar ao
máximo, avaliar todas as opções e entender exatamente todos os riscos e
benefícios", acrescentou.
(Sobral Portal de Notícias)
(Foto: Reprodução)
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