País tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol
O
Ministério da Saúde anunciou que recebeu 217 notificações de intoxicação
por metanol após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram
confirmados e 200 estão em investigação.
O boletim
mais recente com atualização dos casos foi divulgado pela pasta na noite desta
segunda-feira (6).
São Paulo
concentra a maioria dos casos: 82,49% das notificações, com 15 casos
confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná teve dois casos
confirmados e quatro estão em investigação.
Há outras
investigações em 12 estados: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás
(3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10),
Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).
Em
relação às mortes, duas ocorreram em São Paulo e 12 seguem em investigação (um
caso no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na
Paraíba e um no Ceará).
Laboratórios
Em
entrevista coletiva hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o
governo federal pretende ajudar o estado de São Paulo para que tenha mais
celeridade na confirmação dos casos de contaminação por metanol, por ingestão
de bebidas alcoólicas.
Segundo o
ministro, dois laboratórios serão referência para os exames: um na Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e outro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O
ministro anunciou parceria formal com a Unicamp, que tem a estrutura do Centro
de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), com capacidade para realizar
cerca de 190 exames por dia.
“Esses
exames podem, por exemplo, ajudar a resolver a dúvida sobre casos confirmados
no Estado de São Paulo, que é onde se concentra, [onde há] uma brutal
concentração dos casos”, disse o ministro.
A Unicamp
pode, segundo o ministro, receber amostras de outros estados que eventualmente
queiram usar a estrutura como referência para resolver a situação de caso
confirmado ou não.
Apoio
Além da
Unicamp, o ministro anunciou que a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da
Saúde, também vai colocar um laboratório à disposição não só de São Paulo, mas
de outros estados “com algum tipo de dificuldade para realizar o exame de
detecção do metanol para confirmação ou não”.
Com o
intuito de agilizar os diagnósticos, o ministro recomendou que os profissionais
de saúde devem fazer a notificação de cada suspeita. “Não tem que esperar a
confirmação do caso para começar o tratamento”.
Antídotos
No sábado
(4), o ministério da Saúde anunciou a aquisição de mais 12 mil ampolas de
etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para o estoque estratégico
do Sistema Único de Saúde (SUS) para os casos de intoxicação por metanol pelo
consumo das bebidas alcoólicas adulteradas.
Em
relação ao Fomepizol, o ministro disse que o produto deve chegar nesta semana.
O antídoto vai ficar concentrado no centro de referência de cada Estado. “A
gente está garantindo um grande estoque estratégico por precaução”.
Os dois
antídotos (etanol e fomepizol), segundo o ministério da Saúde, podem ser
utilizados na suspeita de intoxicação. O governo ainda acrescenta que a
utilização dos medicamentos deve ser feita exclusivamente sob prescrição e
monitoramento médico.
A
aquisição de 2,5 mil tratamentos do fomepizol foi viabilizada em parceria com o
Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) junto a um
fabricante do Japão, que mantém estoques nos Estados Unidos.
(Sinal News)
(Foto: Reprodução)
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