Ceará
Saúde
Nível de transmissão da dengue é considerado baixo, porém sorotipo mais agressivo volta ao Ceará.
O coordenador da Vigilância em
Saúde (COVIS), Nélio Morais, explica o aumento da dengue 'tradicional' é
nacional.
O coordenador destaca que a
capital cearense não passa por epidemias de dengue há mais de sete anos, quando
é normal que se tenha uma a cada trêsFoto: Divulgação.
O último boletim da Célula
de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
contabilizou 2.389 casos de dengue neste ano, volume 99,7% maior que
o anotado em igual período de 2018. Os números, contudo, são avaliados com
cautela pelo coordenador da Vigilância em Saúde (COVIS), Nélio Morais,
que explica que ainda há baixa transmissão da doença. A preocupação
maior é com o retorno da circulação do sorotipo 2 da doença.
O tipo mais agressivo da doença
não era registrado no país há dez anos. Em Fortaleza, foram confirmados
nove casos do tipo. Nélio Morais explica que Fortaleza ainda está abaixo da
média do Brasil em número de casos gerais de dengue. "Estamos dentro
de uma taxa de transmissibilidade com os parâmetros do Ministério da
Saúde".
"Isso é uma grande ameaça
para todos nós. A perspectiva é que em 2020 esse sorotipo 2 possa incidir de
maneira mais forte na região Nordeste", afirma o coordenador. Nélio também
explica que, dessa forma, medidas de prevenção devem ser adotadas mais
fortemente, como a operação inverno, que inicia em outubro e vai até dezembro,
mutirões, entre outras, sobretudo nos bairros que mantêm o maior número de
casos.
O coordenador destaca que a
capital cearense não passa por epidemias de dengue há mais de sete anos,
quando é normal que se tenha uma a cada três anos. Embora a situação seja
favorável, Nélio alerta para os cuidados que a população deve ter com a chegada
do sorotipo 2.
Chuvas
Outro fator apontado por Nélio
Morais para o aumento dos casos de dengue foi o quadro chuvoso de 2019.
"A umidade é um dos maiores fatores do ciclo reprodutivo do mosquito,
as questões naturais tem uma interferência enorme nas arboviroses".
O segundo período deve ser mais
confortável em número de casos registrados. "Historicamente, a tendência é
que até outubro haja uma baixíssima transmissividade da doença", afirma o
coordenador.
(Diário do Nordeste)
(Foto: Divulgação)
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