Nacional
Saúde
Ministério da Saúde antecipa campanha de combate ao Aedes aegypti.
Se todos dedicarem apenas 10 minutos por dia para
verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa
será possível reduzir os casos de dengue, chikungunya e zika no Brasil, diz o
Ministério da Saúde, que lançou, nesta quinta-feira (12), a campanha de combate
ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão dessas doenças. O
objetivo é conscientizar a população e convocar: “E você? Já combateu o
mosquito hoje? Proteja sua família.”
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, o papel da sociedade é fundamental no combate ao mosquito. “Ele
[mosquito] fica sempre atrás do ser humano, que é fonte única de alimentação
dele”, diz. O mosquito consegue se distanciar apenas 50 metros do local onde
nasce, por isso, os ovos são colocados perto de casas e de outros locais onde
haja presença de seres humanos.
As ações para impedir a reprodução do Aedes aegypti
já são conhecidas pela população: tampar tonéis e caixas d’água, manter as
calhas sempre limpas, limpar ralos e cobrí-los com tela e colocar areia em
vasos de plantas, entre outras. “Não é tanto o problema de informação, mas a
capacidade dessa informação fazer indução de comportamento e trazer
responsabilidade sobre a doença”, disse Mandetta.
De acordo com o Ministério da Saúde, as ações devem
ser diárias, todos devem usar alguns minutos do dia para verificar se existe
acúmulo de água em casa, no ambiente de trabalho e de estudos.
A campanha será veiculada na televisão, no rádio,
na internet e em outros meios de comunicação. Ao todo serão usados R$ 12
milhões. O governo federal pretende também mobilizar os governos estaduais e
municipais, que receberão repasses no âmbito do Programa de Vigilância em
Saúde, para o qual está previsto o orçamento de R$ 1,8 bilhão neste ano.
A campanha, que costuma ser lançada no fim do ano,
foi antecipada em 2019, para que haja uma mobilização maior ainda no período de
seca. Há também a preocupação com a possibilidade de maior circulação do
chamado sorotipo 2 da dengue.
O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em
geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Segundo o Ministério da
Saúde, os sorotipos 1 e 4 predominaram nos últimos anos. As pessoas que
entraram em contato com algum desses tipos tornam-se imunes a eles. Como o
sorotipo 2 não circula no Brasil há algum tempo, mais pessoas podem ficar
doentes. Além disso, podem aumentar os casos mais graves, de dengue hemorrágica,
acrescentou o ministério.
“O que temos é que deixar claro que temos mais um
verão para não baixar a guarda. É questão de atitude. O que se pode fazer está
do lado da sua casa, do lado do seu ambiente de trabalho”, enfatizou Mandetta.
Casos no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, de 30 de
dezembro de 2018 a 24 de agosto deste ano, foram registrados 1.439.471 casos de
dengue em todo o país. A média é 6.074 casos por dia e representa um aumento de
599,5%, na comparação com 2018. No ano passado, o período somou 205.791
notificações.
Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país
é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença
morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde.
Em relação à febre chikungunya, o levantamento do
ministério mostra que, ao todo, os estados contabilizavam, até o final de
agosto deste ano, 110.627 casos, contra 76.742 do mesmo período em 2018.
De 2018 para 2019, o total de casos de zika saltou
de 6.669 para 9.813, gerando uma diferença de 47,1% e alterando a taxa de
incidência de 3,2 para 4,7 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o
zika vírus foi a causa da morte de duas pessoas.
(Blog do Eliomar)
(Foto: Reprodução)
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