Compras de Natal devem movimentar R$ 38,1 bilhões no Brasil.
A projeção é da
CNC, que revisou de 2,2% para 3,4% a expectativa de crescimento do volume de
vendas no Natal de 2020.
As vendas no período do Natal devem movimentar mais de R$ 38,1 bilhões no
Brasil neste ano. A projeção é de um estudo divulgado nesta terça-feira, 15,
pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que
revisou de 2,2% para 3,4% a expectativa de crescimento do volume de vendas no
Natal de 2020.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, diz que, apesar da pandemia, se
os números se confirmarem, este será o maior avanço real das vendas natalinas
desde 2017 (3,9%).
“O ano de 2020 tem sido um dos mais difíceis, senão o mais desafiante,
para o varejo brasileiro. A pandemia provocou dificuldades muito grandes para o
comércio, mas o Natal, a despeito de toda a conjuntura adversa, deve trazer
alguma recuperação para o setor, o que será importante para iniciarmos com
algum otimismo um novo ano que promete também apresentar um cenário difícil, de
lenta recuperação”.
De acordo com a pesquisa, o aumento previsto nas vendas de Natal será
puxado pelo e-commerce. A alta esperada para esse canal é de 64%, ante
igual período do ano passado.
“O e-commerce brasileiro tem sido fundamental para a recuperação,
crescendo de forma significativa desde o início da pandemia e destoando da
movimentação ainda anormal nas lojas físicas. Essa tendência deve se manter
diante da circulação de consumidores ainda abaixo do normal”, destaca o
economista da CNC Fabio Bentes.
Movimento nos
setores
Os setores que tendem a ter maior aquecimento nas vendas são hiper e
supermercados (41,8%), vestuário e calçados (18,7%) e artigos de uso pessoal e
doméstico (17,4%).
Em relação à importação de produtos tipicamente natalinos, houve um recuo
de 16,5% nas importações no trimestre compreendido entre setembro e novembro de
2020 (US$ 367,2 milhões) em relação a 2019 (US$ 439,5 milhões), como resultado
da desvalorização cambial. O valor é o menor para esse período desde 2009 (US$
308,9 milhões). À exceção de bebidas, todos as demais categorias de produtos
acusaram recuo ante o ano passado.
Dificuldade
econômicas
Além das dificuldades diretamente impostas pela pandemia, a
desvalorização cambial de 32,3% nos últimos 12 meses encerrados em novembro tem
impactado significativamente os preços de diversos produtos mais demandados
nesta época do ano, especialmente alimentos.
Nos 12 meses encerrados outubro, por exemplo, os preços destes produtos
medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) do IBGE subiram 36%, ante uma
variação média dos preços ao consumidor final de 12%, de acordo com o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os itens tipicamente natalinos também refletem essa tendência. A cesta
composta por 214 itens mais consumidos nesta época do ano, agrupados em 30
categorias de bens e serviços, mostra que os preços medidos através do Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentam avanço médio de 9,4% nos 12
meses encerrados em novembro. Mantido esse ritmo de reajuste, o Natal de 2020
apresentará a maior alta de preços desde 2015 (+11,0%).
Do ponto de vista do emprego, a expectativa da CNC é de que sejam criadas
70,2 mil vagas temporárias para o Natal deste ano. Queda de 20% ante os 88 mil
preenchidos pelo setor no ano passado.
(O Povo- Online)
(Foto: Reprodução)
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