Operação contra ataques a empresas de internet prendeu 40 pessoas em menos de um mês no Ceará
A ação contra os ataques as empresas provedoras de internet prendeu 40
pessoas suspeitas dos crimes no Ceará desde
o último dia 12 de março, quando as investigações da operação “Strike” tiveram
início. O balanço foi divulgado durante coletiva de imprensa nesta
quinta-feira, 27, no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza.
Até o momento, foram deflagradas três fases da operação. A etapa mais recente, denominada “Dynamus”, prendeu oito
pessoas apontadas como executoras dos ataques no município de Caridade, a 98,82 quilômetros de Fortaleza, nesta quinta. A
fase anterior resultou nas capturas de sete pessoas e a primeira contabilizou
12 suspeitos presos.
Conforme
o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), Márcio Gutierrez, além das
prisões, a operação também focou no fechamento de empresas clandestinas
provedoras de internet no Estado. Em Fortaleza, pelo menos oito empresas foram
fechadas durante as investigações.
“Nós temos feito através do grupo
especial de investigação que foi criado pelo governador Elmano
de Freitas para investigar todos esses atos criminosos que envolvam os
provedores de internet”, disse o delegado. As investigações também resultaram
na apreensão de veículos, aparelhos celulares, armas e munições.
O grupo especial com objetivo de investigar as ações contra provedoras
reúne ações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), a Delegacia
de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCLD) e o Laboratório De Tecnologia
Contra Lavagem De Dinheiro (LAB-LD), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE).
Segundo o delegado-adjunto da Draco, Thiago Salgado, as investigações
efetuaram a prisão de 27 pessoas pelo órgão desde o início de março, abrangendo
tanto autores das ameaças quanto donos de provedores com ligações ao crime
organizado, sendo a maioria em Fortaleza.
“Os indivíduos estão sendo investigados por terem ateado fogo em algum carro de provedores de internet, como bairro do Pirambu e
Farias Brito”, exemplifica os episódios criminosos que resultaram nas prisões
de alguns suspeitos.
Presos executores de ataques no
município de Caridade
A terceira fase da operação Strike prendeu, nesta quinta-feira, 27, oito
pessoas suspeitas de serem responsáveis em cometer os ataques contra as
empresas de internet no município de Caridade. Eles faziam parte do grupo de
execução dos ataques promovidos pela organização.
Conforme o delegado regional de Canindé, Cleidson Fernandes, o grupo agia em trios quase
sempre a pé e seguia um padrão nos ataques às empresas da região. “Quase sempre
ocorriam durante a madrugada, quando a cidade estava mais deserta. Eles
danificavam os equipamentos nos postes, bem como cortavam os fios e deixando a
cidade praticamente toda sem o serviço de internet”, explicou.
Pelo menos dois eventos severos causaram danos à comunicação do município
durante este mês. No primeiro fim de semana do mês, moradores da cidade relataram
falta de internet após ataque a caixas de transmissão. A informação foi
confirmada pela Associação dos Provedores do Ceará (Uniproce) na época.
As investigações anteriores levaram à prisão de um financiador dos
ataques na cidade e revelaram que as ordens para as ações na região vinham do
Rio de Janeiro. Além dos ataques físicos, foram identificadas ainda ameaças às
empresas, reforçando a ligação com o Rio.
“Os números de contato que, inicialmente, ameaçaram os provedores de
internet para repassar valores, vinham de números com DDD oriundos do Rio de
Janeiro”, disse o delegado.
Entre os mandantes, um deles integra a lista dos criminosos mais
procurados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e
encontra-se refugiado no estado carioca.
(O Povo- Online)
(Foto: Divulgação/SSPDS)
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